atividades realizadas 2018

Artesanato de Timor-Leste na Loja do Comércio Justo

28 novembro 2018. O trabalho de cooperação entre o CIDAC e organizações e entidades de Timor-Leste (TL) e da Guiné-Bissau tem-se centrado, ao longo dos últimos anos, no comércio justo e na economia solidária. No que tange, em particular, a Timor-Leste, o CIDAC foi envolvido no final de 2016 pelo Gabinete de Apoio à Sociedade Civil - do Gabinete do Primeiro-Ministro de TL -, a AICEP em TL e a Fundação Oriente em TL, num processo de importação de artesanato timorense para Portugal, segundo os princípios do comércio justo internacional. Esta proposta nasce da experiência de organização de mercados locais por parte daquelas entidades sediadas em TL. O CIDAC, da sua parte, contribuiu para a discussão deste processo com a sua experiência de comercialização, em Portugal, de produtos de comércio justo. Desde questões centrais como o conhecimento profundo e o estabelecimento de relações de confiança entre produtores/as e importadores/as; à necessidade, regra geral, de uma organização local que medeie e/ou apoie as operações de exportação; a questões de caráter administrativo e financeiro, como o desalfandegamento. Fruto desta discussão, as entidades decidiram fazer uma primeira importação-piloto, que permita testar todos os trâmites e montar um esquema de exportação-importação, de comércio justo, que traga bons frutos, sobretudo para os e as produtoras timorenses. Foi identificada a tipologia de produtos que mais se adequa a uma experiência-piloto de importação: produtos sem regulamentação específica para entrar no espaço da União Europeia. Foram, assim, escolhidos produtos artesanais de base têxtil. De seguida, e de acordo com a experiência e conhecimentos das quatro entidades, foram identificados os e as produtoras, em número reduzido, dada, uma vez mais, a natureza desta importação. O CIDAC assumiu o papel de importador e de comprador para a sua loja de comércio justo e para a loja da Fundação Oriente, em Lisboa. Para fazer a ponte entre os/as produtores/as timorenses e o CIDAC, contatou-se, no final de 2017, o FONGTIL (Fórum das ONGs de Timor-Leste) que aceitou o desafio, com o apoio da organização MOVE. Foram contatadas cinco entidades timorenses, de natureza diferente: a cooperativa Bonecas de Ataúro, o grupo informal Hadadin, a empresa Kor Timor, a Fundação Alola e o Projeto Montanha, mas que têm em comum: o surgimento no pós-independência; terem vários anos de existência; serem organizações de economia social empenhadas no fortalecimento das comunidades locais e, algumas delas, no fortalecimento sócio-económico das mulheres. O contato foi estabelecido no sentido de perceber o interesse em exportar os produtos artesanais, de perceber quais os produtos específicos de cada grupo/entidade e posteriormente, da definição, por parte dos grupos, dos preços de custo. Os produtos artesanais (salendas, bolsas, estojos, caixas, bonecas, colares, entre outros) chegaram a Portugal no fim de novembro e estão à venda na loja do CIDAC e da Fundação Oriente. Nos meses seguintes, far-se-á uma reflexão conjunta sobre o processo de exportação-importação e respetivos resultados, avaliando-se a exequibilidade e sustentabilidade de futuras importações.

Subscrição do Plano de Ação da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento 2018-22
 
23 novembro 2018. No dia 23 de novembro, no quadro da conferência internacional Building a World of Justice and Solidarity: Global Education in the School System, uma iniciativa do GENE - Global Education Network Europe, foi subscrito o Plano de Ação da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento - ENED. Este documento, que permite operacionalizar a ENED, contou na sua elaboração com a participação de 16 instituições públicas e da sociedade civil, entre as quais o CIDAC. O texto da ENED 2018-2022 pode ser consultado aqui e o seu Plano de Ação aqui.
Café de Ciência “Alimentação: e o consumo sustentável?”

28 setembro 2018. O projeto Big Picnic, Big Questions, com foco na alimentação sustentável, dinamiza com regularidade "cafés de ciência" dedicados a temas específicos. No dia 28 de setembro, no âmbito da Noite europeia dos Investigadores, teve lugar um destes eventos intitulado “Alimentação: e o consumo sustentável?”. Em conjunto com docentes do Instituto Superior de Agronomia e do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa, o CIDAC respondeu a questões colocadas pelos/as participantes à roda de questões complexas e controversas como OGMs; agricultura intensiva e outros tipos de agricultura; segurança e higiene dos alimentos vs soberania alimentar; alterações climáticas; desperdício alimentar vs necessidade ou não de aumentar a produção de alimentos; o papel dos supermercados nos sistemas agroalimentares; as possibilidades de ação individual e coletiva para produção e consumo alimentar mais sustentáveis. Embora a "sustentabilidade" se tenha centrado sobretudo na dimensão ecológica, foram igualmente referidas as dimensões económica, social e política da alimentação. Mais informações sobre o projeto aqui.

CIDAC e Cabaz di Terra/ projeto Mulheres+ presentes na edição da Feira Internacional de Artesanato.

23 de junho a 1 de julho. Pela primeira vez, estivemos presentes numa edição da Feira Internacional de Artesanato (FIA), na FIL. Entre 23 de junho e 1 julho, tivemos um stand conjunto com a Cabaz di Terra/ projeto Mulheres+, da Guiné-Bissau e a Central Interregional de Artesanos del Perú (CIAP). Panos elaborados por mulheres guineenses, cerâmicas e têxteis saídos das mãos de artesãos e artesãs de todo o Peru, brinquedos em lata de Madagascar e cestaria do Bangladesh foram os principais produtos expostos e que visaram divulgar a arte e o trabalho de diversas geografias e sensibilizar para as ligações entre o artesanato e o comércio justo internacional.
No âmbito desta participação na FIA, teve lugar a conferência "Artesanato e Comércio Justo - Pela dignidade das mulheres produtoras", no dia 30 de junho, onde se partilhou a experiência do projeto Mulheres+, cujo objetivo é potenciar a emancipação sócio-económica das mulheres, em especial as mais vulneráveis, através da criação artística e da valorização económica da tecelagem tradicional guineense - arte, em geral, reservada aos homens. O CIAP trouxe outros elementos para esta discussão, a partir da experiência das mulheres no Peru.
"Sinergias para a transformação social - colaboração e conhecimento"
Encontro internacional - Porto, junho 2018

5 e 6 de junho 2018. Teve lugar o encontro internacional "Sinergias para a transformação social - colaboração e conhecimento", na Universidade do Porto. O encontro marcou o encerramento da segunda edição do projeto Sinergias ED, promovido pelo Centro de Estudos Africanos da Universidade do Porto, pelo CIDAC e FGS e contou com a presença de cerca de 50 pessoas.
O evento focou-se sobre as temáticas da colaboração e conhecimento, privilegiando a experiência pessoal e coletiva dos e das participantes. Para isso, no primeiro dia promoveu-se a construção de instalações artístico-pedagógicas, a partir de objetos, sentidos e sentimentos trazidos por estes/as. Uma abordagem metodológica construída sobre o pano da educação popular e que nos foi trazida por Ana Dubeux, professora universitária e educadora popular de Pernambuco (Brasil). O encontro contou ainda com a apresentação de alguns dos grupos colaborativos que dão corpo ao Sinergias e com três oficinas onde foi possível apresentar e explorar alguns elementos do projeto: a revista Sinergias, o Referencial de Educação para o Desenvolvimento elaborado ao longo do projeto e o documento de posicionamento do CEAUP.
No segundo dia, Ana Dubeux, Marco Domingues, da Ecogerminar e ANIMAR e José João Rodrigues da Casa do Sal e Rede Colaborativa do Mondego compuseram uma mesa redonda sobre o tema do evento. O encontro foi ainda enriquecido com uma sessão de teatro fórum sobre assédio e machismo, dinamizado pela Associação Tartaruga Falante.
Em breve, serão disponibilizados vídeos e outros materiais resultantes do encontro, no site do projeto Sinergias ED.

Encarte sobre Comércio Justo na Edição de Maio de 2018 do Jornal Le Monde Diplomatique, Edição Portuguesa

Maio de 2018. Ainda na senda das comemorações do Dia Mundial do Comércio Justo, e em colaboração com a Cooperativa Outro Modo, responsável pela edição portuguesa do jornal /Le Monde Diplomatique/, produzimos um dossier temático sobre o Comércio Justo, que foi distribuído juntamente com a edição de Maio do jornal. O objetivo desta publicação foi, por um lado, fazer chegar as questões do Comércio Justo a um público alargado e, por outro, apresentar as principais problemáticas e desafios atuais com que se confronta. Para o efeito, convidámos seis autores e autoras a refletir sobre diversas dimensões. Samuel Poos explica a erosão dos critérios de certificação da FLO-cert, feitos à medida das multinacionais, e as suas consequências tanto para os produtores/as como para consumidores/as. Por seu turno, a entrevista a Lise Trègloze aprofunda a dimensão político-educativa do Comércio Justo, central numa perspectiva transformadora do mesmo. Esther Vivas desenvolve esta busca pela coerência e o papel que o Comércio Justo deve desempenhar na defesa pela Soberania Alimentar dos Povos. Federica Carraro aborda a opção de algumas organizações de Comércio Justo de trabalharem a dimensão local do Comércio Justo, bem como os caminhos que ainda têm de ser percorridos para consolidar esta proposta. Rosa Dias, da Quinta da Fornalha no Algarve, oferece-nos uma imagem sobre as práticas, os problemas e as conquistas de uma produtora de pequena dimensão.
Complementámos o encarte com uma série de quatro testemunhos de organizações de Comércio Justo internacionais, que tiveram uma participação relevante no projeto “Comércio Justo em Portugal”: Sindyanna of Galliei; CIAP; ESPANICA e CECOVASA.
Esta foi também uma oportunidade de divulgar os resultados da Sondagem CESOP/CIDAC acerca das perceções e conhecimentos do público nacional sobre o Comércio Justo.
Dossier disponível aqui.
Sinergias Campo-Cidade e Cidade-Campo - troca de experiências e projetos futuros

23 de março 2018. A primavera chegou, o GAIA fez 22 anos e convidou pessoas e grupos empenhadas/os em criar relações de apoio mútuo entre os mundos rurais e urbanos para uma conversa e jantar partilhado, no passado dia 23 de março.
O encontro teve início com um Jornal Local “Sinergia Campo-Cidade” onde produtoras, grupos de consumo, associações e outros coletivos apresentaram, em cinco minutos, quem são, qual a sua posição na ligação campo-cidade e a sua experiência de trabalho nesta ligação. Estiveram presentes dois grupos de consumo (MASSA e a Bela Rama), a cooperativa Boa Colaborativa, o grupo “As sete quintas”, a produtora de azeite Ana Carla Gouveia, o Monte Mimo, a Rede Cooperar e o CIDAC. De Itália, estiveram também elementos do núcleo florentino do Genuino Clandestino.
Durante esta partilha, foram identificadas algumas questões mais problemáticas, como a centralização das iniciativas em uma ou duas pessoas; da parte da produção agrícola, a dificuldade em encontrar pessoas para trabalhar a terra; nos grupos que se posicionam noutras formas de economia (trocas, por exemplo) - mas também nos produtores que estabelecem relações comerciais - a dificuldade em contabilizar o trabalho e todos os custos, de forma a criar preços justos e transparentes. Interessantes as formas de ajuda mútua que a Rede Cooperar e as “Sete Quintas” encontraram (desde a troca de saberes até sistemas em que diferentes produtores/as vendem os produtos uns/umas dos/as outros/as) e modalidades de certificação participada e aplicada a contextos específicos como o Re.Paso – Reconhecimento Participativo e Solidária – criado pela Rede Cooperar, no âmbito de processos de regeneração da paisagem.
O jantar, confecionado com produtos trazidos pelas/os produtoras/as, proporcionou mais trocas de ideias. No rescaldo da conversa, decidiu-se começar um “comboio” que aproxime grupos e pessoas: cada iniciativa com produção agrícola, que assim o desejar, irá hospedar por um dia as restantes iniciativas, grupos e projetos para uma ajudada matinal, um almoço partilhado e uma tarde de oficinas em torno de questões práticas, como a formulação de preços. A primeira paragem será no terreno da Boa Colaborativa, em Sintra, no dia 2 de junho! Seguimos viagem!
II Edição das Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento
 
15-16 março 2018. Pelo segundo ano consecutivo, a Plataforma Portuguesa das ONGD e a Coordenadora Extremeña de ONGDs organizaram as Jornadas Transfronteiriças de Educação para o Desenvolvimento. Este ano o evento realizou-se em Lisboa. No primeiro dia foi feito um mapeamento dos vários processos, tanto a nível de política pública como de articulação da sociedade civil, em curso em Portugal e no Estado Espanhol no último ano: a ENED e a construção de uma narrativa de ED por parte do GTED, em Portugal; o Plano Geral de Cooperação Internacional e de Cidadania para o Desenvolvimento da Extremadura e o processo de aliança entre ONGDs e movimentos sociais – Quorum Global – iniciado em todo o Estado Espanhol.
No segundo dia, para além de um espaço de interconhecimento entre organizações portuguesas e espanholas (de diferentes regiões autonómicas); discutiram-se ações futuras da Red-NETT (rede transfronteiriça de ED) e formaram-se três grupos que rodaram por três oficinas: 1) comunicação transformadora; 2) eco-feminismo; e 3) transformar o ativismo conjuntamente. As oficinas suscitaram debates ricos, tocando em pontos sensíveis relativos à necessária repolitização das ONGDs dos dois lados da fronteira, bem como a visões e posturas diferentes no seio das próprias organizações, por exemplo, políticas internas de cuidados, num olhar feminista que vá além da “tecnicidade” da igualdade de género; a comunicação como forma de ação e educação, mais do que simples veículo de informação e campanhas.
A interlocução e a troca de visões com as companheiras e companheiros espanhóis foi enriquecedora por nos suscitarem múltiplos questionamentos, em especial, na sua preocupação com uma maior interlocução com movimentos sociais e ação mais forte em questões políticas que vão além dos temas mais habituais do campo do desenvolvimento.
Finalizámos este bonito encontro com uma foto coletiva em solidariedade com as organizações do Estado Espanhol que iriam manifestar-se no dia 17 de março contra a “ley mordaza”.
Uma Sementeca no CIDAC

24 fevereiro. Semear o que se come, trocar sementes, conhecer as suas cores e tamanhos, saber como e quando se semeia cada uma delas, foram alguns dos temas que conversamos no dia 24, à volta de uma mesa com ... sementes, terra e vontade de experimentar.
A Leonor, do GAIA - Grupo de Ação e Intervenção Ambiental - contou-nos que a ideia de criar "sementecas" surgiu nos EUA e na França, com objetivos e dinâmicas um pouco diferentes. No primeiro, o intuito foi, sobretudo, criar bibliotecas de sementes, num esforço de catalogação das variedades tradicionais. Na França, o principal mote foi (re)estimular práticas centenárias dos e das agricultoras: guardar, etiquetar e voltar a semear.
Esta ideia foi trazida para Portugal por algumas pessoas do GAIA, que estão atualmente envolvidas na criação de um interface na internet para troca de sementes, e de pessoas da cooperativa Minga, de Montemor-o-Novo. Foi na loja da Minga que nasceu a primeira sementeca no nosso país. De seguida, o GAIA também montou a sua. O Projeto 270 está a criar uma numa biblioteca pública, no Pinhal Novo. E no CIDAC está disponível, a partir de agora, uma sementeca para quem quiser trazer as suas sementes e levar as que cá encontrar.
A Judite, agricultora de Palmela que distribui os cabazes no núcleo PROVE Picoas, no CIDAC, trouxe terra, tabuleiros para sementeiras e sementes. Mostrou-nos a sua técnica de sementeira, deu ideias, conselhos e truques. Pais, mães, crianças, pessoas curiosas e outras mais experientes, puseram as mãos na terra e prometeram trazer as sementes das plantas semeadas. Esperamos que tenham boas colheitas!
A Sementeca encontra-se na loja do CIDAC, é de uso gratuito e está aberta a todas as pessoas que queiram participar neste fluxo de vida e energia que são os alimentos. Podemos semear em grandes hortas ou em pequenos vasos, numa varanda ou apenas na cozinha. Pequenos passos para nos reapropriarmos do sistema agroalimentar e da soberania de todos/as relativamente ao que comemos.

 

(Re)Pensar a Escola enquanto Escola Transformadora

15 fevereiro. No âmbito do trabalho desenvolvido em Educação para o Desenvolvimento / Educação para a Cidadania Global (ED/ECG), na educação formal, o CIDAC em parceria com a Fundação Gonçalo da Silveira, promoveu a conferência (Re)Pensar a Escola enquanto Escola Transformadora, no passado dia 15 de fevereiro, em Lisboa.
O evento teve como foco o repensar de práticas e espaços do ensino formal, na perspetiva de educação transformadora. A afluência foi surpreendente: contámos com cerca de 200 participantes, na sua maioria professores/as e educadores/as, mas também alguns/mas representantes de projetos e organizações da sociedade civil.
A intervenção do Secretário de Estado da Educação, João Costa, centrou-se nos novas orientações do Ministério da Educação em relação às áreas de cidadania e desenvolvimento, e consequente entendimento global da Escola como instituição que vai além da mera transmissão de conhecimentos. Alejandra Boni, investigadora em ECG no Estado Espanhol, apresentou a proposta do Movimiento por la Educación Transformadora y Ciudadania Global para a construção de centros educativos transformadores. A este propósito dinamizou, em conjunto com a equipa organizadora, um exercício onde os/as participantes puderam expor a sua visão sobre as características de uma escola transformadora.
A conferência deu também espaço para um diálogo direto entre professores/as, representantes de encarregados/as de educação e estudantes sobre questões mais tangíveis no que concerne às estruturas das escolas públicas, à sua organização e às condições de trabalho dos/as primeiros/as.
Apesar de curto – e de algumas dificuldades técnicas – o evento foi bastante participado e fechou, em tom de abertura de novos caminhos, o projeto Desafios Globais: reforçar a ECG em meio escolar para responder aos contextos da atualidade, projeto co-financiado pelo CICL e pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Em breve, será disponibilizado o vídeo da sessão.

Diário de uma viagem a Bruxelas – Jovens embaixadores do comércio justo
9 a 13 de Janeiro de 2018

Janeiro 9 a 13. No âmbito do projeto JACE -  Jovens embaixadores do comércio justo – realizou-se mais uma mobilidade entre os jovens participantes. Esta mobilidade teve como um dos objetivos principais aprofundar a temática da advocacia: o que é? para que serve? como a podemos exercer? junto de quem?
22 alunos e alunas (8 de Portugal, 8 de França e 6 da Bélgica) participaram em diversas atividades ao longo da semana:

Dia 1. A semana começou com uma "lobby tour". Uma visita aos bastidores dos grupos de influência que gravitam à volta das instituições europeias, dinamizada pela Corporate Europe Observatory. Poderosíssimos grupos formados por farmacêuticas, indústrias químicas, petrolíferas, bancos, agronegócio, entre outros, trabalham arduamente para garantir que as leis aprovadas nas instituições europeias abonam a seu favor.
No final do dia visitámos uma das lojas associativas da Oxfam Magazins du Monde.

Dia 2. O segundo dia ficou marcado pela visita ao Parlamento Europeu e pelo encontro com os/as eurodeputados/as onde tiveram oportunidade de apresentar o projeto e explicar as atividades que têm vindo a desenvolver para promover o comércio justo no seu entorno.
Linda McAvan do Reino Unido, Arne Lietz da Alemanha, Ricardo Serrão Santos e Ana Gomes de Portugal partilharam connosco o seu dia a dia e o que pode ser feito para tornar o comércio mais justo. Para tal, os jovens prepararam questões que foram amavelmente respondidas pelos deputados.
No final do dia assistimos a uma peça de Teatro focada no tema da indústria têxtil, desde os problemas na produção das matérias primas até às violações dos direitos dos trabalhadores - "Être ou paraitre"

Dia 3. Este dia arrancou com uma simulação de "Comissão de Parcerias". Os/as alunos/as colocaram-se na pele de uma ONG e imaginaram como é construir uma relação de cooperação entre uma ONG e um parceiro de comércio justo:
- Quem são?
- O que produzem?
- Em que condições?
- Como construir uma relação de longo prazo?
Foram algumas das muitas reflexões que foram feitas.

Dia 4. Os/as jovens/as transformaram-se em animadores e rumaram a quatro escolas secundárias belgas, onde realizaram 4 ações de sensibilização para o comércio justo junto de colegas estudantes belgas.

Dia 5. Os jovens embaixadores do comércio justo participaram numa ação de mobilização cívica a exigir maior transparência, respeito pelos trabalhadores e mudanças urgentes na cadeia comercial dos têxteis.
Foi entregue ao diretor de uma das principais lojas da Primark na capital Belga um "presente" - 70.000 assinaturas de cidadãos/ãs exigem que a empresa adote medidas concretas para mudar as regras injustas em vigor. Vídeo da mobilização aqui.

 
XIII Encontro Nacional de ECG
 
10 de novembro de 2018. Como já vem sendo hábito, a Rede ECG organizou o XIII Encontro Nacional de Educação para a Cidadania Global. O tema desta edição foi “Trabalhar em Rede na Escola Atual – Práticas, Oportunidades e Desafios ”. O pontapé de partida foi dado por Pepe Menéndez, consultor pedagógico, quem deu o mote para os/as participantes (re)pensarem as suas práticas educativas e a escola como um todo. Foram partilhados três novos recursos pedagógicos em ECG.
Um dos momentos mais esperados foi a partilhada de três experiências-piloto, em escolas públicas, de aplicação do novo quadro de autonomia e flexibilidade curricular. Na parte da tarde, tiveram lugar discussões em pequenos grupos. O encontro contou com a participação de 105 educadores/as, de várias partes do país. Para mais informações, ver aqui.

Feira Sustentável no Agrupamento Escolas Filipa de Lencastre

21 setembro 2018. O Agrupamento de Escolas Filipa de Lencastre promoveu, no passado dia 21 de setembro, uma Feira sobre sustentabilidade, no âmbito do projeto Erasmus + "Visions of European Cities". Com o objetivo de sensibilizar os e as estudantes para as diversas dimensões da sustentabilidade foram convidadas várias organizações, entre elas o CIDAC. Estivemos presentes com uma banca do comércio justo e com materiais educativos que foram distribuídos pelos grupos de estudantes.

Sinergias ED - Encontro de Reflexão Coletiva

Maio 27 de 2018. No âmbito do projeto Sinergias ED, foi promovida uma reflexão coletiva com 15 dos e das participantes do projeto. Na continuidade da Sistematização de Experiências (SE) realizada no final de 2016, e a partir das contribuições dos/as participantes no projeto nos vários encontros de trabalho, foi pensado um dia de reflexão coletiva, numa estrutura diferente da da SE, mas que mantivesse a possibilidade de refletir a partir do vivido pelas pessoas envolvidas. O encontro visou, assim, extrair aprendizagens tendo como pano de fundo o eixo da anterior SE - a influência das caraterísticas institucionais e da natureza das relações interpessoais sobre os processos coletivos; refletir sobre os processos colaborativos entre organizações da sociedade civil e instituições de ensino superior; e pensar formas e conteúdos a comunicar para fora do projeto, em particular no encontro final do projeto, em junho de 2018.
A reflexão seguiu um caminho de exploração dos significados pessoais e coletivos (em duplas e em grupos), primeiro sobre colaboração e conhecimento em geral, e, num segundo momento, olhando para as colaborações no âmbito do Sinergias. Este segundo momento teve como perguntas orientadoras: o que motiva/ou a colaboração; o que mudou na percepção do(s) outro(s); o que alterou nas práticas individuais; o que ficou da colaboração e o que é que não foi possível ultrapassar. Da discussão em grupos e, posteriormente, em plenário, surgiram questionamentos importantes como o que possibilita e quais os elementos constitutivos da colaboração. Outro questionamento relevante foi o explorar o sentido instrumental e/ou finalístico destas colaborações: a colaboração é um processo que tem um fim específico ou é um produto, um fim em si mesma? Nesta linha, discutiu-se a relação entre a colaboração e a Educação para o Desenvolvimento: a ED é um objeto da colaboração, um elemento extrínseco, ou a ED é a base do processo de colaboração? Isto é, a colaboração é um elemento constitutivo da ED? Foram ainda levantadas outras questões, que serão apresentadas na memória do encontro a divulgar em breve.
Dia Mundial do Comércio Justo

12 Maio. Tal como tem sido hábito nos últimos seis anos, desde a abertura ao público da Loja de Comércio Justo, o CIDAC comemora o Dia Mundial do Comércio Justo (que se celebra no segundo sábado do mês de maio), através da organização de iniciativas e/ou em resposta aos pedidos que nos chegam de vários quadrantes.
E este ano o CIDAC saiu à rua para fazer … uma Festa do Comércio Justo! Com o apoio da Junta de Freguesia de Arroios, organizámos um dia diferente, no Jardim Campo Mártires da Pátria. Estiveram produtores e produtoras, que trouxeram os seus produtos de artesanato e alimentares; tivemos uma tertúlia dinamizada pela Plataforma TROCA à volta dos Acordos Internacionais de Comércio, atualmente em negociação, onde os convidados expuseram as suas interpretações e perspetivas para o futuro: José Albuquerque, Secretário Geral do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, Tânia Russo, em representação dos Precários Inflexíveis e Ana Mourão, em representação do Climáximo. João Gama da TROCA dinamizou as conversas.
As bancas de trocas e de informação e sensibilização ficaram a cargo da Alinhavo, da Cooperativa Outro Modo (Le Monde Diplomatique, edição Portuguesa), do Climáximo e do GAIA. A animação cultural ficou bem entregue ao Coro ‘Quem Canta’ e ao GLUM – Grupo de Limpeza Urbana Musical. Ao longo da tarde tivemos animação e jogos pedagógicos para crianças, provas gastronómicas e ainda a distribuição dos cabazes PROVE, que também celebraram seis anos do núcleo Picoas – Loja de Comércio Justo.
Queremos deixar um agradecimento especial a todos e a todas que permitiram a realização desta celebração, desde os produtores e produtoras, às organizações presentes e aos voluntários e voluntárias que foram incansáveis durante todo o dia.
Organizámos algumas atividades nos dias anteriores: no dia 10, em colaboração com a professora Anabela Murta, realizámos uma sessão de sensibilização na Escola Secundária do Pinhal Novo; e no dia 11, o Hotel Neya Lisboa promoveu uma Mostra de produtos de Comércio Justo e desenvolveu um menu solidário no restaurante Viva Lisboa. Sendo este o quarto ano consecutivo que este hotel organiza ações relacionadas com o Dia Mundial do Comércio Justo, em colaboração com o CIDAC. E no dia 12 de maio, estivemos também em Loures numa sessão de sensibilização, na Mercearia Solidária, a convite da Câmara Municipal de Loures, que contou com cerca de 10 participantes.

Jovens Embaixadores/as do Comércio Justo, última mobilidade em Bordéus

19 a 25 março 2018. Realizou-se a última mobilidade do projeto Jovens Embaixadores/as do Comércio Justo que juntou os alunos e alunas belgas, franceses/as e portugueses/as na cidade de Bordéus. Neste último encontro, além do convívio entre amigos e amigas que aprenderam a conhecer-se ao longo de três anos letivos, os jovens puderam contribuir para a avaliação do percurso realizado até aqui e pôr em prática as suas competências de promotores do Comércio Justo.
Uma primeira grande etapa consistiu na organização e realização de sessões de animação pelos Jovens Embaixadores, destinadas a 11 turmas do Liceu Bel Orme, parceiro francês da iniciativa. Injustiças laborais e violações dos direitos humanos na industria têxtil, funcionamento do comércio internacional, consumo responsável e comércio justo, marginalização dos povos indígenas são algumas das temáticas que foram abordadas nos vários grupos. Outro momento significativo consistiu na eleição do produto mais justo e do produto mais “podre” por parte dos jovens, separados em pequenos grupos. Com base em critérios definidos por eles próprios, foram pelas ruas da cidade de Bordéus visitar lojas e supermercados, perguntar e investigar a origem dos produtos, as condições de produção, a utilidade… e optar. À noite, cada grupo anunciou as suas escolhas, justificou os critérios utilizados e as escolhas feitas.
Esta mobilidade foi também feita de momentos de partilha das aprendizagens e reflexões geradas pelo processo JACE, através da realização de uma conferência que alternou contributos dos participantes do projeto, de professores, de ONG, de alunos e de especialistas do tema do abandono escolar. Foram também realizadas oficinas de apresentação dos vários produtos do projeto (mala pedagógica sobre o café, manual de gestão de uma loja de comércio justo em meio escolar) ou de aprofundamento dos temas evocados anteriormente.
A mobilidade encerrou num momento simbólico de entrega dos diplomas de Jovens Embaixadores do Comércio Justo na Câmara Municipal de Bordéus. Nesta cerimónia foi também entregue o selo Estabelecimento de Comércio Justo ao Liceu Bel Orme, certificação dinamizada pela Plataforma Francesa de Comércio Justo, pelo seu compromisso em integrar esta dimensão tanto nos aspetos educativos como na gestão da estrutura. Neste quadro, a cantina do liceu ofereceu pela primeira vez uma refeição 100% justa aos alunos, demonstrando que a educação reside também nos nossos pratos.

Conferência “Economia Solidária, por um Comércio Justo Transformador”

13 março 2018. Realizou-se no passado dia 13 de Março em Lisboa esta conferência que contou com a participação de vários intervenientes chave da Economia Solidária e do Comércio Justo, vindos de diversos quadrantes, desde a academia como os professores Jordi Estivill e Rogério Roque Amaro,  passando por representantes de organizações de comércio justo como o CIDAC (Portugal), a Sodepaz (Espanha) e a Espanica (Espanha e Nicarágua) e por uma empresa familiar, a Quinta da Fornalha. Com esta conferência pretendia-se debater e refletir sobre a importância da Economia Solidária e explorar as relações entre comércio justo e economia solidária. No final ficaram contributos importantes para que se continue a reflexão sobre estas realidades complexas.
Jordi Estivill abriu o encontro apresentando um enquadramento histórico da Economia Solidária na Europa e em Portugal e diferenças entre Economia Social e Economia Solidária, deixando-nos o mote para as restantes intervenções. Lançou também um desafio aos presentes: contribuir para alimentar a reflexão sobre o conceito de Economia Solidária nas suas várias dimensões.  
Por sua vez Rogério Roque Amaro fez uma resenha sobre o historial da Economia Solidária em Portugal.  
O CIDAC explorou o que entendemos por um Comércio Justo transformador, que luta por mudanças de paradigma, por alteração de regras injustas e que não se limita a servir de paliativo às dificuldades sentidas por todos os pequenos produtores de todo o mundo.
A Sodepaz trouxe a sua reflexão sobre Comércio Justo local e alertou para a necessidade de se trabalharem os critérios que se utilizam na abordagem local, à luz dos mesmos princípios e preocupações que deram origem aos critérios atualmente seguidos na abordagem internacional.
A Espanica apresentou o trabalho que tem feito também no âmbito do Comércio Justo local, destacando a parceria que têm com a comunidade de Marinaleda, um verdadeiro projeto social comunitário, sem paralelo em toda a Espanha.
A Quinta da Fornalha, nesta ocasião representada por Rosa Dias, apresentou as suas experiências práticas e os desafios de uma pequena exploração. Mesmo tratando-se de uma empresa familiar com ânimo de lucro, ao longo da sua exposição compreendemos a presença de práticas de economia solidária muito distantes de uma empresa capitalista: há horizontalidade dos salários, reinveste sempre os lucros na melhoria da quinta, ou na contratação de pessoal, há respeito pela Natureza, preocupação na preservação da biodiversidade autóctone, etc.  
 
Brevemente disponibilizaremos as gravações de cada uma das intervenções da conferência no nosso site.

Mulheres + em Timor

10 a 24 de março 2018. A Fundação Alola foi a nossa anfitriã, em Dili, acolhendo a visita de estudo focada sobre a tecelagem tradicional na qual participaram Mariana Ferreira e Ivone Gomes – da ONG guineense Cabaz di Terra, e Carlos Guerreiro em representação do CIDAC.
Tratou-se de uma visita enquadrada no projeto “Mulheres +”, em curso desde 2016 e liderado pela ONG guineense Cabaz di Terra, do qual o CIDAC é parceiro. Centrado na capacitação das mulheres com vista ao reforço da sua independência económica, o projeto trabalha sobre a tecelagem tradicional, nos seus diferentes aspetos, da produção à comercialização, passando pela transformação, bebendo de uma vasta tradição guineense, rica em técnicas, padrões e utilizações diversos do chamado “Pano de Pente”.
A visita de estudo a Timor Leste tinha como objetivo promover a troca de experiências entre duas realidades nas quais a tecelagem tradicional tem uma grande importância quer pelo que representa em termos de identidade cultural, quer pelo papel que vem assumindo no âmbito das pequenas industrias e comércio de artesanato local.
Com o apoio da Fundação Alola, visitámos 5 grupos de mulheres produtoras, com um enfoque muito particular para a região de Lospalos, um número idêntico de entidades (ONG, empresas e grupos informais) que trabalham na transformação dos Tais (panos tradicionais de Timor Leste) em objetos utilitários diversos, bem como algumas experiências focadas apenas na comercialização do conjunto destes produtos em Dili.
Foi uma experiência muito rica para todos/as. Trocámos ideias e práticas associadas à tecelagem tradicional em cada um dos países (por exemplo em Timor é uma atividade predominantemente feminina, enquanto que na Guiné-Bissau é assumidamente masculina), aprenderam-se técnicas novas (por exemplo sobre tintagem tradicional), partilharam-se aprendizagens (por exemplo sobre o assunto da proteção dos padrões tradicionais).
Caberá à Ivone e à Mariana, no regresso a Bissau, realizar a sessão de devolução destas aprendizagens a todas as mulheres envolvidas no projeto Mulheres + que não puderam experiênciar esta visita em primeira mão.
Participação do CIDAC na Conferência Internacional “Amílcar Cabral: O “Combatente Anónimo” pelos Direitos Fundamentais da Humanidade”.

3 março 2018. Nos dias 1, 2 e 3 de Março de 2018, o Instituto de História Contemporânea, da Universidade Nova de Lisboa, organizou a Conferência internacional “Amílcar Cabral: O “Combatente Anónimo” pelos Direitos Fundamentais da Humanidade”. O CIDAC (representado por Fernando Florêncio), foi convidado a participar na última sessão, na  Mesa Redonda: Fontes e Preservação da Memória de Amílcar Cabral, em conjunto com a  Fundação Amílcar Cabral (representada pelo seu Presidente, Pedro Verona Pires), e com a Fundação Mário Soares (representada por Alfredo Caldeira, que é o Administrador do Arquivo & Biblioteca). A mesa redonda pretendia debater o contributo que estas instituições têm na preservação e divulgação de documentação sobre Amílcar Cabral, e igualmente no papel que podem desempenhar na preservação e divulgação da memória deste lutador anti-colonial.
A primeira intervenção coube ao Presidente da Fundação Amílcar Cabral, que aludiu aos princípios que presidiram à criação da Fundação, precisamente a preservação e divulgação da memória do líder histórico do PAIGC, e às dificuldades financeiras e de acesso a material sobre Amílcar Cabral, com que a Fundação se debate. Interveio de seguida o responsável da Fundação Mário Soares, cuja comunicação se centrou em dois eixos: qual a natureza da documentação sobre Amílcar Cabral, que a Fundação tem à sua guarda; e as razões dessa documentação estar na Fundação. Na verdade, neste segundo aspeto, a intervenção tentava responder a uma interpelação do Presidente da Fundação Amílcar Cabral, que na sua comunicação explicitou uma espécie de “apropriação indevida” desse mesmo espólio. O representante da Fundação respondeu como tendo resultado de um “pedido de resgate e salvação” desse espólio, na sequência do Golpe de 1998.
A intervenção do CIDAC centrou-se na explanação do seu historial, deste a luta anti-colonial e do BAC, à criação da Associação, em 1974. Sobre a natureza do seu centro de documentação, nomeadamente os seus diversos fundos documentais (BAC, documentação sobre os PALOP’s e movimentos anti-coloniais; Educação para o Desenvolvimento e sobre alternativas económicas). Sobre o lugar que o CD ocupa no CIDAC, enquanto parte de uma estrutura intervencionista mais vasta, e sobretudo de apoio às atividades da organização, mas também ao serviço da investigação externa. Sobre o tipo de acervo que possuímos sobre Amílcar Cabral. E finalmente sobre os atuais desafios e constrangimentos que o CD enfrenta.
A sessão encerrou-se com um conjunto de intervenções/interpelações, sobretudo dirigidas aos presidentes das duas Fundações, nomeadamente sobre a divulgação da memória e do legado político de Amílcar Cabral para as gerações mais novas (Fundação Amílcar Cabral), e sobre a questão da devolução (Fundação Mário Soares).

Já está online o nº 6 da Revista Sinergias

Fevereiro 2018. O sexto número da Revista Científica Sinergias - Diálogos Educativos para a Transformação Social* já se encontra disponível. Desta vez, tendo como tema principal a Relação entre Ensino Superior e Comunidade(s).
Partindo do editorial de autoria de Oscar Jara, propomos diálogos, reflexões e questionamentos sobre as relações entre as Instituições de Ensino Superior e as sociedades de que fazem parte.
Para tal, apresenta-se um dossier temático que apresenta quatro artigos de diferentes geografias, completado por uma reflexão coletiva e uma entrevista que põem em diálogo pessoas diretamente ligadas ao ensino superior – no 1º caso, na África do Sul e, no segundo, em Portugal – debatendo as suas reflexões e práticas sobre este tema.
Destacamos ainda o artigo de Vanessa Andreotti, propondo metáforas para imaginar outros paradigmas de conhecimento, e a reflexão de Arnfinn Nygaard sobre o Novo Consenso Europeu sobre o Desenvolvimento.
A revista está disponível, de forma gratuita, no  website do projeto Sinergias ED.

Novos sabores que vêm do Líbano

Janeiro 2018. Na Loja de Comércio Justo temos uma grande preocupação com a disponibilização de produtos que facilmente se possam integrar numa alimentação regular ao mesmo tempo que, claro, partilham dos princípios que têm orientado este movimento em termos de equidade, justiça e minimização de impactos ambientais.
Algumas iniciativas de produção/comercialização vão um pouco para além destes mínimos, o que nos deixa particularmente entusiasmados com a possibilidade de as integrar no conjunto de produtos e produtores com os quais criamos laços de longo prazo.
É nestes  contexto que vos damos a conhecer alguns produtos que recentemente deram entrada na Loja de Comércio Justo, bem como a organização por trás da sua comercialização: a Fair Trade Lebanon.

Bulgur - é um alimento feito de trigo integral germinado e precozido. Obtém-se o bulgur a partir das sementes de trigo integral germinadas, cozidas a vapor, secas e posteriormente trituradas. Contém importantes características nutricionais: rico em fibra, vitamina B, fósforo e potássio.  

Lentilhas vermelhas e Lentilhas integrais – são da família das leguminosas e são extremamente ricas em proteínas.

Sumac – especiaria muito usada na cozinha do médio oriente, o sumac tem um sabor ácido como o sumo de limão. Geralmente usado para temperar peixe, saladas, lentilhas, frango, cebolada ou molho de iogurte, é ainda um dos ingredientes básicos utilizados na preparação do típico tempero oriental zaatar.

A Fair Trade Lebanon (FTL) é uma ONG nascida em 2006 com o objetivo de apoiar as  populações mais desfavorecidas e marginalizadas, com particular atenção à situação das áreas rurais e às mulheres. Constatando, por um lado, a existência de elevadas taxas de desemprego no sector agrícola e, por outro, a não valorização de alguns produtos tradicionais de grande qualidade, a FTL escolheu o Comércio Justo como ferramenta para criar mais oportunidades de emprego e de valorização dos pequenos produtores agrícolas e cooperativas de transformação de produtos alimentares. 
Atualmente, são 29 as unidades produtivas apoiadas pela FTL espalhadas por todo o território libanês, 20 cooperativas e 9 empresas familiares, beneficiando diretamente cerca de 1000 pessoas ao nível do apoio à comercialização tanto local como para exportação, do apoio formativo relativo ao comércio justo e a técnicas/questões de qualidade e de marketing.
Paralelamente, a FTL tem vindo a promover nos últimos 4 anos projetos de cooperação que visam apoiar o desenvolvimento económico das aldeias e mitigar as tensões com a presença de refugiados sírios, integrando-os nas unidades produtivas das regiões. As estatísticas oficiais dão conta de que o país acolhia cerca de um milhão de refugiados em Dezembro de 2017.

Mais informação em www.fairtradelebanon.org

Escola enquanto espaço de transformação social

No âmbito do trabalho desenvolvido em Educação para o Desenvolvimento / Educação para a Cidadania Global (ED/ECG), na educação formal, pelo CIDAC em parceria com a Fundação Gonçalo da Silveira - FGS, iremos promover uma conferência sobre a escola enquanto espaço de transformação social.
A conferência enquadra-se no projeto Desafios Globais: reforçar a ECG em meio escolar para responder aos contextos da atualidade e tem como objetivos: fomentar o repensar das práticas de educadores/as e professores/as numa perspetiva de educação transformadora e analisar os possíveis espaços para a concretização desta abordagem no quadro da educação formal.
O evento contará com a intervenção do Secretário de Estado da Educação, João Costa, e da Alejandra Boni, investigadora em ECG e membro do Movimiento por la Educación Transformadora y Ciudadania Global, do Estado Espanhol. A conferência terá lugar no dia 15 de fevereiro, das 18h00 às 20h30, na Fundação Cidade de Lisboa. Esperamos contar com a sua presença! Em breve, divulgaremos mais informações no site do CIDAC mas poderá, desde já, proceder à sua inscrição aqui.