Atividades realizadas 2022

Ativiades realizadas no ano de 2022

Mercado de Natal em Almada

14 a 18 de dezembro. Há cerca de 20 anos que a Câmara Municipal de Almada organiza o Mercado de Natal Amigo da Terra, no centro da cidade. Esta iniciativa reúne artesã/os, agricultores/as, empresas, associações e instituições particulares de solidariedade social de Almada e de todo o país, numa perspectiva de um Natal mais sustentável do ponto de vista ambiental e social.
Este ano, pela primeira vez, o CIDAC esteve presente durante 5 dias com produtos de artesanato do Peru, Sri Lanka e Madagáscar, e com alguns produtos alimentares centrais no comércio justo internacional, como o café e o chocolate. Apesar da chuva, foram dias animados, com boas conversas com clientes e outros/as produtores/as.

“Simentera”, promovendo a soberania alimentar na Guiné-Bissau

Novembro. O início de 2023 coincidirá com o recomeço do nosso trabalho na Guiné-Bissau, através de uma nova iniciativa construída em colaboração com a equipa da nossa parceira Tiniguena. Durante os dois próximos anos, iremos reatar com a nossa linha de trabalho ligada à valorização das produções locais oriundas da agricultura camponesa, conhecida como Kil Ki di Nos Ten Balur (O que é nosso tem valor). Esta nova fase irá privilegiar o reforço dos atores coletivos ou individuais envolvidos na promoção dos “Produtos da Terra”, em particular no que toca às capacidades de trabalho conjunto no quadro da Economia Solidária, unindo produtores/as, organizações da sociedade civil, comerciantes ou ainda universidades.
Uma outra vertente incidirá sobre a dinamização da comercialização dos “Produtos da Terra” através do reforço de lojas associativas, da criação de stands temáticos em lojas convencionais, da promoção de feiras e eventos, entre outros.
Então porquê “Simentera”? O alicerce desta intervenção reside na criação ou reabilitação de um conjunto de bancos comunitários de sementes, locais, resistentes e adaptadas à realidade agrícola da Guiné-Bissau e fundamentais para a manutenção de uma agricultura familiar e camponesa.
Esperamos que esta nova sementeira, cuidadosamente pensada pela Tiniguena e pelo CIDAC, brote e cresça!

Webinário Consumo responsável com a DGE

21 de novembro. A convite da Direção-Geral de Educação, o CIDAC participou, juntamente com a Direção-Geral do Consumidor, num webinário dedicado ao tema do Consumo Responsável, e destinado a professoras e professores. Este webinário, integrado nos domínios "Desenvolvimento Sustentável" e "Literacia Financeira e Educação para o Consumo", no âmbito da Estratégia Nacional de Educação para a Cidadania (ENEC), teve como objetivos: contribuir para a consciencialização sobre o papel de cada pessoa no consumo responsável; explorar conceitos, problemas e desafios associado ao consumo responsável; promover uma abordagem interdisciplinar do tema "Consumo responsável", no âmbito dos projetos integrados na ENEC.

Declaração Educação Global 2050

3 e 4 de novembro. Teve lugar, em Dublin, no quadro do congresso GE2050, promovido pelo GENE, a cerimónia de adoção da Declaração GE2050 (Educação Global 2050), a qual representa um sério compromisso político no sentido de promover um acesso de qualidade à Educação Global a todos os povos na Europa.
O texto agora aprovado, que vem reforçar o papel da educação na construção da solidariedade internacional, dos direitos humanos, da justiça social global e da paz e sustentabilidade, resulta de um longo processo de consultas com um vasto leque de atores ligados às questões da Educação e do Desenvolvimento na Europa mas também noutras regiões do globo, que veio a culminar na realização deste evento no qual estiveram presentes mais de 300 participantes: ministérios e agências membro do GENE, organizações da sociedade civil e organizações de juventude, representantes de governos locais e regionais, academia, organizações internacionais e especialistas de várias partes do mundo.
O CIDAC participou neste evento enquanto membro do GENE (desde 2002), integrando a delegação portuguesa da qual fazem também parte o Camões IP e a Direção Geral de Educação (DGE). Para saber mais sobre esta Declaração ver aqui.

Visita a Timor-Leste

Agosto - setembro. Após dois anos em que não foi possível visitar as organizações parceiras, em Timor-Leste, tivemos duas intensas semanas de reuniões e visitas, entre outros aos parceiros FONGTIL – Fórum ONG Timor-Leste e Natureza, com quem trabalhamos atualmente no quadro de um projeto focado na sustentabilidade financeira das organizações da sociedade civil e em formas alternativas de financiamento. Conhecemos o novo diretor do FONGTIL, com quem discutimos as linhas para prosseguir com este trabalho no próximo ano. Com a organização Natureza vimos a pertinência de continuar a pesquisa sobre exemplos de modalidades de economia solidária. A Natureza retomou a ligação com alguns dos grupos ligados ao turismo de base comunitária, estando, neste momento, focada na reabilitação das infraestruturas turísticas em Maubisse.
Tivemos também oportunidade de visitar a loja-café Aroma Timor, em Díli, inaugurada em 2021 numa parceria entre a organização PARCIC e o CIDAC, onde verificamos, com apreço, o seu sucesso e a qualidade e fantástico sabor dos produtos confecionados.
Dos encontros e conversas com os grupos de artesãs e artesãos, como a cooperativa Boneca de Ataúro, Kor Timor e Hadadin, percebemos as dificuldades ligadas aos impactos económicos provocados pela pandemia – que afetaram os fluxos de população - mas também outras decorrentes do quadro legal e governativo timorense, por exemplo em relação às cooperativas de produção.
30 agosto marca o aniversário do referendo pela autodeterminação de Timor-Leste. Passados 23 anos, juntámo-nos a diversas pessoas ligadas à solidariedade internacional num evento organizado pela associação Hak, AJAR e ACbit para celebrar esse dia e o dia internacional das pessoas desaparecidas, tendo como pano de fundo a história de Timor-Leste, desde a ocupação japonesa até aos acontecimentos atuais como a condecoração de um general indonésio pelo Estado timorense. A luta pela justiça e o papel da solidariedade internacional permanecem atuais!
Embora o tempo seja curto, reunimos informações que nos permitem perceber melhor as principais dificuldades e mudanças que ocorreram nestes dois anos, tanto em termos económicos como políticos e partidários, principalmente as que afetaram e afetam as organizações da sociedade civil e as organizações de produção. Foi, sobretudo, importante e enriquecedor poder finalmente olhar nos olhos e abraçar pessoas e grupos com quem caminhamos há cerca de vinte anos.

Task force linhas financiamento PPONGD

Junho. No final de maio passado juntá-mo-nos a uma nova Task Force (TF), desencadeada por iniciativa da Plataforma Portuguesa das ONGD, com o objetivo de refletir e elaborar propostas concretas para a simplificação e maior eficácia das linhas de financiamento a que acedem as ONGD junto do Camões IP. Para além do CIDAC, associaram-se a esta iniciativa a OIKOS, a ADPM, a FCL e a VIDA, as quais contam com um acompanhamento permanente do secretariado e da Direção da Plataforma.
Desde a primeira reunião, a 1 de junho, percebemos a necessidade de levar a discussão um pouco além destas linhas de financiamento, refletindo quer sobre a natureza e implicações da grande diversidade de problemas que as associadas da Plataforma têm vindo a identificar na sua relação com estes instrumentos, quer sobre os enquadramentos políticos e técnicos que suportam os mecanismos de financiamento geridos pelo Camões IP.
Estamos perante um desafio composto de variados subtemas, cada um deles complexo em si mesmo. Enquanto TF percebemos a necessidade de procurar respostas concretas que, no curto prazo, possam trazer algumas das mudanças ansiadas pelas organizações mas, por outro lado, vemos como absolutamente necessário abordar a questão do financiamento das OSC de uma forma mais aprofundada. No CIDAC esta é sem dúvida a dimensão que mais nos motiva, numa perspetiva de estudar como as formas de financiamento se têm vindo a alterar, que impactos daí decorrem para a própria natureza e sustentabilidade das organizações, e que alternativas vemos para o futuro. Para já, centramo-nos na discussão em torno dos instrumentos atuais, com a expetativa de aprender e refletir em conjunto com experiências tão diversas com as quais se faz a Plataforma.

Interseções, igualdade entre mulheres e homens e a Educação para o Desenvolvimento

27 de abril. No dia 27 de abril, o CIDAC foi convidado a moderar uma mesa redonda no quadro do seminário final do projeto Interseções, uma iniciativa da Plataforma Portuguesa das Mulheres, da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, do GRAAL e da ESE de Viana do Castelo. Integrado num dispositivo de apoio do Camões destinado a dinamizar as ações das entidades associadas à Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento - ENED, o projeto produziu um recurso educativo que interliga a temática da igualdade entre mulheres e homens às várias dimensões temáticas e metodológicas da ED. Foi à volta deste recurso que o CIDAC animou uma mesa redonda sobre “as mais-valias do recurso no quadro da ENED”, contando com os contributos de representantes da Direção-Geral da Educação e da Plataforma Portuguesa das ONGD e de uma investigadora da Universidade Aberta. O recurso pode ser consultado aqui, o relato, fotos e vídeos do evento aqui.

Sobe sobe preço sobe

Fevereiro. Temos vindo a assistir a um crescimento gradual e quase diário dos preços de vários bens de consumo. Uma situação que começou com a paragem de alguns setores produtivos nos últimos dois anos, devido à pandemia provocada pela COVID-19, e consequente escassez de matérias-primas e materiais transformados, como as embalagens. No final de 2021, começámos a sentir um aumentonos preços da energia elétrica, que se agravaram e alargaram a outras fontes de energia, combustível, etc., como efeitoda recenteguerra na Ucrânia. Estamos hoje, em Portugal, com uma taxa de inflação de 4,1%.
A Loja de Comércio Justo não ficou imune a este efeito dominó na economia global. No último ano, a maioria dos e das produtoras, nacionais e internacionais, aumentaram os preços dos seus produtos, de modo a poderem cobrir os custos de produção. Como consequência, os preços têm sido atualizados, mantendo as mesmas margens que praticamos: 30%, no alimentar, e 50 a 100%, no artesanato, de acordo com a escala de preço de custo das peças.
Para tornar mais concreto este fenómeno, olhamos para o exemplo da cooperativa hispano-nicaraguense Espanica, que divulgou recentemente uma nota em que explica as causas do aumento, no final de 2021, do preço do café que comercializa. Nela vemos que, pelo lado dos/das produtores/as, na Nicarágua, a subida global dos custos de produção sumou-se ao impacto da passagem de dois furacões (Eta e Iota), em novembro de 2020. Este fenómeno meteorológico afetou a produção de 2021, nomeadamente, o processo de maturação da cereja do café, na planta, provocando a perda de grande parte da colheita. Pelo lado da importadora, no Estado Espanhol, não só tem que fazer um esforço económico maior para apoiar os produtores na Nicarágua, como viu os custos de importação (pagamento de contentores e frete) e os preços das matérias-primas de que necessita para elaborar e transformar o café verde aumentarem. Não deixando de lamentar as dificuldades que estes aumentos provocam nas entidades e pessoas que adquirem o seu café, a Espanica agradece a todos/as aqueles/as que se mantêm solidários/as com a cooperativa e pede que se continue a apoiar este projeto, firme no seu compromisso com os pequenos produtores. Os companheiros do Estado Espanhol que dão corpo à Espanica irão à Nicarágua, brevemente, para reunirem com os grupos de produtores associados, renovar o conhecimentodos problemas que enfrentam e procurarem formas de os apoiar.

 

Como avaliar na disciplina de

Cidadania e Desenvolvimento?

19 de janeiro. No quadro da nossa colaboração regular com a Escola Secundária de Amora (Seixal), fomos convidados pela equipa de coordenação da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento para animar um processo de reflexão à volta da problemática da avaliação. Foram cerca de 26 professores e professoras que, no dia 19 de janeiro, se debruçaram sobre este tema, em torno da pergunta: “para que é que avaliamos em Cidadania e Desenvolvimento?”. Estabeleceu-se um consenso amplo sobre a valência essencialmente formativa da avaliação, devendo esta prática ser colocada essencialmente ao serviço do crescimento e das aprendizagens dos e das jovens. Tentando estabelecer-se um diagnóstico das principais dificuldades com as quais os e as docentes se confrontam no exercício avaliativo, o tema da conciliação entre subjetividade e objetividade, numa disciplina que se relaciona com princípios e valores, foi frequentemente referido. Este processo de dinamização de uma reflexão coletiva sobre avaliação irá continuar nos meses de fevereiro e março deste ano.

20 anos dos Bancos de Tempo

10 de dezembro. Neste dia, os Bancos de Tempo celebraram 20 de anos de existência. A convite do GRAAL, que dinamiza esta iniciativa de Economia Solidária a nível nacional, o CIDAC participou neste evento muito simbólico, num painel constituído por Helena Valentim, do Graal/FCSH e Elvira Mendez, da Salut i Família e centrado sobre leituras para o futuro dos Bancos de tempo. Este evento foi também o quadro para o lançamento de um filme comemorativo sobre os Bancos de Tempo, que vos convidamos a ver.

Loja de Comércio Justo online

29 de novembro. Assinalando o 11.º aniversário da Loja de Comércio Justo do CIDAC, acrescentámos ao espaço físico um espaço virtual: uma loja online, o que permitirá tornar o Comércio Justo mais acessível para todas e todos em Portugal. Visite-nos, agora é mais fácil, e experimente produtos que também são princípios, reforçando a construção de uma Economia Solidária!

Justiça comercial na Escola Superior de Educação - IPL

17 de novembro. De um trabalho conjunto entre a Escola Superior de Educação – IPL e o CIDAC nasceu em 2015 a Unidade Curricular, de caráter opcional, de Educação para a Cidadania Global, disciplina comum a todas as licenciaturas. Este ano, a disciplina abriu no quadro da licenciatura de Animação Sócio-Cultural. Os professores responsáveis pela mesma convidaram o CIDAC a dinamizar uma aula em torno da justiça comercial. Foi um animado momento com os/as cerca de 25 alunos/as, a quem propusemos o jogo da cadeia do café. A avaliação foi muito positiva não só no que toca aos conteúdos mas também à metodologia, que consideraram uma aprendizagem útil para a sua prática profissional.

Comércio Justo - deambulação fora de portas

17 de setembro. Primeira paragem: São Pedro do Sul! A retração do movimento associativo do comércio justo, em Portugal, nos últimos anos, conduziu à centralidade dos (poucos) atores ainda ativos, em Lisboa e no Porto. Daí nos termos proposto fazer nos próximos meses várias paragens país fora, para falar, mostrar, jogar à volta do comércio justo. Com o apoio da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, estivemos numa animada manhã de sábado no mercado municipal da agricultura familiar com uma banca, uma exposição e material informativo sobre comércio justo. Para além das conversas com os e as clientes do mercado, podemos também conhecer alguns/mas dos e das agricultoras, procurando estreitar laços entre a dimensão local e internacional do comércio. Visitámos ainda dois dos produtores com quem trabalhamos há alguns anos: o sr. Paulo Vinagre, apicultor na Serra de São Macário e a d. Lúcia Ferreira que confeciona as deliciosas bolachas Sabores de Sul que vendemos na Loja.

Outras Economias, Outros Sentidos

Agosto. Este é o título de uma nova linha de intervenção que o CIDAC irá desenvolver nos 3 próximos anos e cujo financiamento foi aprovado pelo Camões, Instituto da Cooperação e da Língua no mês de agosto. Tratar-se-á de reatar com a longa história de publicações periódicas que caracteriza o CIDAC (África em Luta, Terra Solidária, Nortisul …), desta vez através de uma revista digital quadrimestral centrada na temática das alternativas económicas. Queremos, deste modo, contribuir para a democratização do pensamento económico e para uma maior mobilização da sociedade portuguesa contra as injustiças económicas locais e globais. Para cada edição, um ciclo de animação irá dar vida à revista através de formações, encontros com os leitores e as leitoras, debates, atividades para as quais esperamos contar com a vossa participação! Mais notícias em breve…

O Referencial ED na prática

Junho – setembro. Continuamos a pesquisa iniciada em 2021 relativa a práticas de Educação para o Desenvolvimento em meio escolar, a partir do Referencial ED. Pesquisa essa que nos trará dados para a elaboração de recomendações para a formação de professores/as e educadores em ED. Entre junho e setembro, convidámos os e as participantes na primeira fase do estudo, de 7 escolas e agrupamentos de norte a sul do país, para 3 sessões online em que discutimos os primeiros resultados dessa fase. Mais do que resultados ou pontos finais, a equipa, ao analisar a informação, identificou várias problemáticas na prática de ED e, em particular, da Cidadania e Desenvolvimento. Trata-se de questões que percebemos como tensões ou contradições, ou para as quais não existem entendimentos partilhados, como o que é a participação nas Escolas; a interdisciplinaridade e o trabalho colaborativo; a ética; o global e o local; o papel da comunidade educativa e as contradições do Sistema Educativo.
Foram 17 os e as participantes, entre professores/as, familiares, estudantes, ONGD e uma câmara municipal das 7 iniciativas educativas que fazem parte deste projeto. Vários/as participaram, inclusive, em mais do que uma sessão. Contámos também com a participação do estagiário Vicent Etomba-Vialette que, durante mês e meio, contribuiu para este projeto com uma pesquisa sobre a evolução das políticas educativas no que tange à inserção das temáticas ligadas à educação para a cidadania e à ED nas práticas educativas curriculares e extra-curriculares. Com a informação recolhida no último ano e meio, procuraremos elaborar recomendações a discutir com as instituições de ensino superior.

Agriculturas que alimentam! Por 1.5.

4 de junho. O que sabemos sobre o que comemos? De onde vem a nossa comida? Quem a faz? O que sabemos sobre agricultura(s)? Foram algumas das perguntas que despoletaram a conversa entre três agricultoras e participantes neste pré-evento “Acampamento 1.5.” Juntamente com a associação GAIA e com o coletivo Climáximo – que organiza Acampamento 1.5, em julho, em Melides - procurámos descortinar diferentes tipos de agricultura e diferentes formas organizar a ligação entre quem produz e quem compra. A Judite e a Anabela, do Prove Picoas, e a Paula, da AMAP Quinta Maravilha, contaram como é fazer e viver da / na agricultura.
Foi uma conversa animada com as cores de sementes e os sabores de húmus de leguminosas da época: favas, grão e feijão!
O Acampamento 1.5 pretende juntar reflexão e ação para impedir que a temperatura média do planeta ultrapasse os 1.5ºC de aquecimento, focando-se numa região do país onde a exploração dos combustíveis fósseis está patente em várias atividades económicas, desde a agricultura intensiva às fábricas de carvão (EDP) e de gasóleo, gasolina e gás natural (GALP). Pode acompanhar este evento no site e nas redes sociais.

10 anos de PROVE no Dia Mundial do Comércio Justo


14 de maio. Depois do 10.º aniversário da Loja… o 10.º aniversário do núcleo PROVE Picoas! No Dia Mundial do Comércio Justo, em 2012, começou a distribuição de cabazes, promovida no quadro de um projeto nacional de diversas associações de desenvolvimento local, o PROVE, na Loja. Para o CIDAC, esta ligação corporiza o princípio da Soberania Alimentar e o apoio às/aos produtoras/es familiares, complementando a oferta da Loja com produtos hortícolas e frutícolas frescos, vindos diretamente das produtoras! Todas as sextas à tarde e sábados de manhã, a Judite Silva, familiares e colegas de trabalho distribuem cerca de cem cabazes às/aos suas/seus clientes.
No Dia Mundial do Comércio Justo – que este ano teve como lema “Semear o Futuro” e como tema a Justiça Climática – agricultoras, clientes, amigos/as e CIDAC festejaram esta longa e forte relação, na quinta da Judite e da sua família, nos Brejos do Assa, em Palmela. Apanhámos morangos, vimos couves, acelgas e feijão, cheirámos a hortelã e a erva cidreira. E comemos um belo bolo! Uma manhã e início de tarde cheios de alegria e mãos na terra!

Educação para o Desenvolvimento em meio escolar – algumas aprendizagens

Março. A pedido do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa, elaborámos um pequeno artigo sobre experiências e questões que se nos levantam no trabalho em ED, em meio escolar, nos últimos anos, para a revista mensal desta entidade, que pode ser lido aqui (pp. 28-29).

Redes

Março. Trabalhar em articulação com outros coletivos, numa lógica de complementaridade e de reforço mútuo, tem sido uma constante na história do CIDAC, assumindo formatos muito diferentes em função dos objetivos a que nos propomos. A partilha do espaço físico e de condições logísticas com grupos formais e informais tem sido uma forma de contribuir para linhas de trabalho que se cruzam intimamente com a nossa visão, ainda que sem uma intervenção direta da equipa do CIDAC. Na área da cooperação fizemos, desde o início, uma opção pelo trabalho em parceria com organizações locais, em detrimento de um modelo de intervenção direta com sedes e equipas de implementação expatriadas.
Esta lógica de colaboração ganha uma outra dimensão quando pensamos no trabalho em contexto de redes… O número de atores multiplica-se, a diversidade aumenta e, apesar de a assumirmos como um valor positivo, nem sempre é fácil trabalhar com ela. Conhecer e reconhecer o trabalho de cada um dos membros, e perceber que sentido pode ter a nossa participação em cada um destes espaços é um exercício necessário. Acresce que esta avaliação do contexto precisa de ser confrontada com a nossa capacidade interna de envolvimento em cada momento. Equilibrar prioridades, nossas e do coletivo, e escolher formas de participação adequadas a cada momento são princípios que procuramos seguir.
O mês de março é mês de Assembleias Gerais (AG) das associações. No que toca a redes, estivemos em dois encontros muito diferentes, em papéis também muito diferentes. Tivemos o privilégio de assistir à AG da Rede Portuguesa de Economia Solidária no dia 19, em Coimbra, enquanto observadores/as, e participámos na AG da Plataforma Portuguesa das ONGD (da qual somos membros fundadores/as) que se realizou a 30 de março, na qual assumimos atualmente a presidência do Conselho Fiscal.
Em ambos os casos foram dias inteiros de trabalho. Com uma dimensão importante de procedimentos formais, nomeadamente aprovação dos relatórios de atividades e contas relativos ao ano de 2021, valorizamos acima de tudo a oportunidade de encontro e de partilha que pode ser proporcionada nestes espaços.

 

Jornadas de ED

Publicação da memória “A digitalização, olhares a partir da Educação para o Desenvolvimento”

Janeiro. A digitalização tornou-se um tema central da problemática do desenvolvimento, e ganhou uma expressão maior no contexto específico da pandemia, com o recursos massivo às plataformas digitais. A ED não podia, deste modo, deixar de tentar olhar para esta questão, a partir de vários ângulos de reflexão e análise. A III edição das Jornadas ED, componente importante da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento (ENED) vigente, colocou então este tema no centro dos seus trabalhos. Realizada online no dia 20 de Novembro de 2021, esta edição contou com 191 participantes e intervenientes oriundos do Brasil, da Guiné-Bissau, de Portugal ou ainda da Bélgica, com um destaque específico para a participação de representantes de organizações juvenis. Terá agora a possibilidade de ler a memória do evento e de ver os vídeos das várias intervenções visitando o site da ENED ou seguindo este link.